domingo, 22 de agosto de 2010

Um fim de semana na Bahia

A ideia de passar um fim de semana em algum lugar pode agradar quando o lugar é perto e de fácil acesso, mas falar que vai passar um fim de semana na Bahia pode ser considerado algo estranho.

Pegar um avião na sexta-feira para conhecer Salvador em dois dias parece loucura. Pode até ser, mas foi um dos melhores fins de semana da minha vida. Nunca pensei dois dias fossem render tanto.

Talvez por ser baixa temporada, talvez por ser somente mais um fim de semana, mas a cidade estava perfeita. Não havia a loucura de carnaval, a exploração nos preços, o cheiro ruim, nem o número abusivo de pessoas pedindo dinheiro nas ruas.

A história começou por acaso. Um dia à tarde no trabalho, recebemos a notícia que a Webjet estava com uma promoção de aniversário imperdível. Eu, o Rafael e a Raquel decidimos ir para o Rio de Janeiro. Passar um fim de semana no Rio parece mais comum, né? Mas de repente vimos que para Salvador a passagem também estava barata. Foi aí que decidimos mudar de destino e chamamos a Marjorie para a aventura.

Durante pouco mais de um mês pensamos na viagem, escolhemos o hotel em que ficaríamos e fizemos poucos planos. Afinal, era só um fim de semana e não queríamos ficar estressados na Bahia.

A sexta-feira, 13 de agosto, chegou. O estresse começou na ida ao aeroporto. O trânsito estava infernal e chegamos em Cumbica pouco antes do horário do voo. Horário previsto. É claro que enquanto estávamos no avião esperando para decolar, fomos avisados de que haviam outros 13 aviões na fila na nossa frente. Saímos de São Paulo à meia noite, 1h15 depois do previsto. Chegamos em Salvador pouco antes das 2h da manhã. E não é que o estresse acabou neste momento.

Quando nos libertamos de São Paulo, esquecemos o trânsito, as pessoas, a poluição, o cheiro, a pressa, os prédios. Tudo. Estava chovendo em Salvador, mas mesmo assim nada tirou nosso bom humor. Nem a fome e a falta de encontrar um lugar aberto para comermos.

No sábado acordamos cedo e demos de cara com o sol. Depois de um café da manhã reforçado, pegamos um ônibus (R$ 2,70) e fomos direto para o Elevador Lacerda. Estávamos hospedados na 7 de setembro, em Campo Grande, muito bem localizado.


Andamos em volta do elevador, na Cidade Alta, e, claro, fomos abordados por um ambulante que nos deu uma pulseirinha do Nosso Senhor do Bonfim e quis vender outras coisas. Mas este foi um dos únicos que nos atrapalhou. Talvez pelo Rafael ter usado seu pedido na hora de amarrar a pulseirinha para que aquele homem sumisse dali.


Depois de tomarmos água, água de coco e cerveja, pagamos 15 centavos e pegamos o elevador. Eu imaginava que o elevador fosse tão bonito por dentro quanto é por fora. Mas me decepcionei quando vi que era um elevador comum e não tinha vista panorâmica.



Saímos do elevador e fomos direto ao Mercado Modelo. Ficamos um pouco na parte de fora vendo as barraquinhas. Antes de entrar fomos abordados por "ciganas", que nos seguraram e disseram que por 2 reais tirariam a praga de nós hehehe.



Entramos no Mercado, andamos pelas lojinhas. Em uma loja, a mulher quis nos vender uma pimenta por 25 reais, achamos a mesma por 10 reais um andar para cima.

Enquanto as meninas continuaram andando, eu e o Rafael fomos para um restaurante que fica na parte superior do Mercado. Ficamos na parte ao ar livre com vista para o mar. Estávamos na Bahia!







Depois ainda fomos em um forte, no Pelourinho, comemos acarajé e andamos muito a pé. Mas isso fica para o próximo post.