quarta-feira, 11 de junho de 2008

Zileide e a lente



Um blog com o nome "Lente de Aumento" não poderia deixar de comentar sobre o fato ocorrido no último sábado com a jornalista Zileide Silva na Globo.

Foram momentos tensos para ela, que estava ao vivo na maior emissora do país, e para quem assistia ao jornal. Depois de exibir uma matéria, a câmera focou Zileide para que ela lesse a chamada da matéria seguinte. Foi aí que o problema começou.

Quem assistia de casa achou que o TP (onde os textos são exibidos para que a pessoa possa ler na tv) tivesse quebrado, estranho seria ela não ter a chamada em uma de suas folhas na mesa. Ela disse "A polícia", e na seqüência já não conseguiu mais ler nada. Ela olhou para outra câmera, para os lados, arregalou os olhos, e tremendo disse que estava com um problema, que havia se perdido. Nisso dá para ouvir a direção dizendo para ela ir pelo TP. "Eu vou tentar. Gente não dá".

Depois destes eternos segundos, Zileide conseguiu ler a chamada e a matéria entrou no ar. Ainda no mesmo jornal, uma chamada sobre um músico foi lida pela jornalista e uma matéria com sugestões para o dia dos namorados entrou no ar. Depois, o relógio na tela marcava 13h39, e Zileide disse "Agora são 13h30". Não era o dia da Zileide.

Ontem, a Central Globo de Comunicação divulgou uma nota dizendo que o problema foi causado pele lente de contato da jornalista, que a impediu de ler a chamada. Segundo Daniel Castro, ela conseguiu tirar a lente com o jornal no ar, limpá-la e colocar novamente.

Fato é que desde segunda Zileide, que sem dúvidas é uma grande jornalista, está aparecendo de óculos no "Bom dia Brasil".

Desafio: Galisteu e Fernanda Young

Está sendo reprisada agora no GNT a entrevista de Adriane Galisteu no "Irritando Fernanda Young". Quem está assistindo (ou vai assistir na reprise de sexta) pode brincar em um desafio. Quantas vezes Adriane diz "Adoooooooooooooro!" na entrevista? Chuto mais de 10.

Para você que adoooooooooora desafios, boa sorte!

quarta-feira, 4 de junho de 2008

A vingança do telemarketing

Sempre tive vontade de fazer o que acabei de fazer, mas nunca tive a oportunidade. Eles sempre ligam e pedem para falar com alguém que não está, pedem celular ou outro telefone, depois de você falar que NÃO, não tem outro telefone, não tem celular, nada, o atendente resolve deixar o telefone.

É aí que entra a parte mais irritante, pelo menos para mim. O atendente diz:

- O senhor pode anotar, por gentileza, o número para que possam retornar a ligação?

- Sim, pode falar - diz você, até então solícito.

O atendente fala o número, você anota, mas desconfiado o operador de telemarketing diz:

- O senhor pode repetir o número que eu acabei de falar como medida de segurança.

Hoje eu, muito chato, eu sei, resolvi dizer "Não, eu não posso repetir!".

- Mas qual o motivo, senhor? Repita o número por favor.

- Não, eu não vou repetir.

- Senhor, eu pedi para que o senhor anotasse, por favor, repita.

- Não, eu não quero repetir.

- Senhor (já se estressando), repita o número porque eu estou pedindo.

- Não! Eu não estou com vontade de repetir e não vou repetir.

- Mas se o senhor anotou, pq não repetir?

- Simplesmente porque eu não quero. Está anotado e eu não vou repetir.

- Tá bom, senhor. Eu volto a ligar então. - estressado, desligou na minha cara.

Além de tudo são desconfiados, e o melhor é que eu anotei o número, mas não, eu não vou repetir. Nunca mais repito o número. E tenho dito.

domingo, 27 de abril de 2008

Emissoras fazem da cobertura do Caso Isabella Nardoni uma telenovela

Domingo, 20 de abril de 2008, pela primeira vez o pai e a madrasta de Isabela Nardoni, morta de forma misteriosa no final do mês passado, falaram sobre o caso para o repórter Valmir Sallaro, no Fantástico, da Globo. Depois de muito anunciar a matéria, o programa exibiu em duas partes a entrevista feita com apenas uma câmera.


O resultado se viu na audiência: desde abril de 2007, o dominical não atingia resultados tão bons (33 pontos de média, com 42 de pico, segundo dados do Ibope). Nos últimos meses, o Fantástico vem sofrendo para conseguir uma média parecida com a de seus tempos áureos, quando ultrapassava facilmente os 30 pontos.

Este é somente um exemplo da cobertura sensacionalista que a mídia brasileira tem feito sobre o caso. De jornais conceituados a programas de auditório popularescos, o respeito e o bom senso se perderam entre os estimados pontos do Ibope.

Luciana Gimenez, da Redetv!, após sua "triunfal' entrada no estúdio do "Superpop" aos gritos de uma platéia estática, olha de maneira séria para a câmera e anuncia, através da legenda, que irá, ao lado de Marcelo Rezende, tentar desvendar o "Caso Isabella". No final, enquanto a equipe, provavelmente, comemorava os ótimos resultados de audiência, Luciana pediu para que o presidente da República não deixasse o caso sem um final justo.

A Band e a Record também possuem motivos para comemorar. Datena e seu "Brasil Urgente" (Band), Luciano Faccioli e o "São Paulo no Ar", e o "Balanço Geral", de Geraldo Luis, ambos da Record, não cansam de repetir as mesmas informações, tentam criar novidades e entrevistam qualquer pessoa que queira dar sua opinião sobre os últimos acontecimentos. O resultado se vê nos números. A audiência dos telejornais, de maneira geral, cresceu 46% na primeira quinzena de abril."Eu faço um jornalismo sério", dizia, talvez com dor na consciência, o incansável apresentador Geraldo Luís, do Balanço Geral, que acaba de renovar seu contrato com a emissora da Barra Funda.

Sonia Abrão, da Redetv!, também viu os resultados de seu vespertino "A Tarde é sua" crescerem. Durante as três horas diárias em que está no ar, a apresentadora não cansa de ouvir a opinião de seus convidados sobre o tema, além, é claro, de exibir matérias em que a revolta do povo é demonstrada com gritos efusivos para a câmera.

A cobertura do caso "Isabella" ganhou ritmo de telenovela. Mocinhos e vilões são seguidos durante todo o tempo, os telespectadores acompanham com ansiedade cada nova revelação, torcem por um final justo, digno de último capítulo. Para as emissoras de tv, a novela ainda poderá render bons frutos de audiência, pelo menos até que a próxima tragédia aconteça e tome o lugar que hoje é de Isabella e sua família.

sábado, 19 de abril de 2008

A luta para Edmar virar Heyd:

a difícil troca de sexo pelo SUS

A história de luta e preconceito de uma das primeiras pessoas a conseguir mudar de sexo pelo SUS

O homem de cabelos curtos e roupa discreta não lembra em nada a mulher de calça jeans apertada, blusa justa com brilhos, salto alto e cabelo na altura do ombro.

Até 2006 seu nome era Edmar. Agora é Heyd. A terceira pessoa no Brasil a conseguir uma cirurgia para mudança de sexo pelo SUS (Sistema Único de Saúde)

Aos 32 anos, Heyd se emociona ao lembrar de sua história. Desde cedo sabia que tinha nascido para ser mulher. Usava roupas femininas e brincava como as meninas.

Preocupada com o visual, Heyd pede desculpas por estar vestindo uma blusinha preta com brilhos, calça jeans justa e salto alto.

Durante a infância, Edmar cuidava de tudo em casa. Saía calçando conga, mas escondia uma ?melissinha? na mochila, e trocava no caminho para a escola.

Lá, os uniformes eram divididos entre duas cores: azul para os meninos e vermelho para as meninas. Edmar fazia a mãe comprar o uniforme vermelho. Ele só iria à escola se fosse vestido como as meninas. A solução encontrada pelo colégio foi unificar a cor do uniforme para ambos os sexos.

Preconceito desde cedo

O preconceito esteve sempre presente na vida de Edmar. Ela conta, emocionada, do dia em que chegou em casa chorando da escola por causa da discriminação das outras crianças. Sua avó perguntou o que estava acontecendo, Edmar resolveu falar toda a verdade para a avó, que disse para o neto:

? Era para você ter nascido anjo. Porque anjo não tem sexo.

O pai nunca aceitou a situação de seu filho. Ele sempre o discriminou. Com 13 anos de idade, Edmar resolveu sair da casa de seus pais. Foi para a rua. A primeira noite, passou em frente ao metrô São Joaquim, na cidade de São Paulo. Por lá, foram somente mais dois dias. Sua mãe disse que não deixaria um filho seu dormindo na rua. A mãe de Heyd trabalhou durante 18 anos no Hospital e Maternidade Santa Joana, e foi lá que Edmar foi recebido por um pequeno período.

Um tempo depois, uma professora de Edmar o levou para sua casa, por onde ele ficou morando durante alguns anos. Lá, era tratado como alguém da família. Convivia com os filhos e com o marido da professora, como se fossem da sua própria família.

? Uma segunda família para mim. - conta Heyd, emocionada.

A vida sentimental dela sempre foi tranqüila. O primeiro namorado de Heyd foi Flávio, quando estudavam juntos na sétima série. Atualmente, Flávio é casado e contou toda a história de sua ex-namorada para sua mulher. Heyd foi madrinha de seu casamento e às vezes chega a ir jantar com o casal.

Há 7 anos, ela está namorando Luís Carlos, pai de dois filhos. Ela ainda não teve coragem de conhecer a família do namorado.

? Não estou preparada para conhecer as feras. ? brinca referindo-se aos filhos de seu namorado.

Heyd demonstra ter a auto-estima elevada, como quando conta que uma vez a irmã do namorado a viu de longe e falou para Luís Carlos que a namorada dele era muito bonita.

? Eu tenho que gostar de mim para outros também gostarem.

Antes mesmo de começar a luta para conseguir a cirurgia de mudança de sexo através do SUS, Heyd já convivia com o ciúme das irmãs por causa de sua aparência física, que segundo ela, puxaram seu pai: ? Gordinho e baixinho. Diferente de Edmar, alto e magro.

Relação familiar

A conversa é interrompida com o toque de celular de Heyd. É o seu sobrinho Mateus, de 9 anos, quem está do outro lado da linha. Ela sorri e se emociona a cada vez que fala sobre o menino.

Quando sua irmã estava grávida de Mateus, ela falava que não queria que Edmar convivesse com a criança, pois isso poderia acarretar futuros danos na educação do menino. O cunhado de Heyd chegou a ir ao Conselho Tutelar para tentar proibir essa convivência.

A auto-estima elevada é demonstrada mais uma vez quando Heyd conta que o seu ex-cunhado e sua irmã já chegaram a discutir por ele ter falado que o corpo de Heyd era mais bonito do que o de sua esposa.

Na época em que ficou fora de casa, continuou ajudando a família. Pagou uma reforma na casa e cuidou do pai quando ele teve um graveproblema de saúde e foi parar no hospital.

? Eu dava banho no meu pai, fazia os curativos, levava ao médico.
Heyd já estudou Arquitetura, Moda e acaba de parar de fazer um curso de Enfermagem por falta de condições financeiras.

? Nunca me prostituí. - conta. Hoje, desempregada, chega a fazer faxina.

Ela gostaria de trabalhar com figurino, como quando estudou no SENAI. Na época, Heyd fez estágio no programa infantil ?Bom Dia & Cia?, fazia o figurino da apresentadora da atração matinal exibida diariamente no SBT. Depois, chegou a dar aulas no próprio SENAI.

A decisão de operar

E esse foi, justamente, um dos principais motivos para Edmar lutar tanto pela cirurgia de mudança de sexo. Nesta época, surgiu uma grande oportunidade de trabalho ligado à moda fora do Brasil, Edmar não pôde ir pelo fato de sua documentação não ter relação nenhuma com sua realidade e aparência.


? Foi aí que decidi tomar a atitude. ? fala Heyd sobre a decisão de fazer a cirurgia de mudança de sexo. ? Ou eu mudava, ou eu ia passar o resto da minha vida na clandestinidade. Heyd gastou seus últimos 100 reais com a primeira consulta para saber todos os detalhes sobre a cirurgia de mudança de sexo. Entrou na sala do médico Jalma Jurado às 14h30 e saiu de lá às 17h. O médico avisou para Edmar que o processo seria complicado e que iria demorar para conseguir a cirurgia pelo SUS. Se fosse particular, todo o processo não sairia por menos de R$ 35 mil, dinheiro que Heyd não teria para pagar por uma cirurgia. Foram longas madrugadas em filas imensas para conseguir marcar consultas e exames, Heyd chorou muito, mas não desistiu: ? Eu pensava: Calma! Amanhã é outro dia. Durante todo o processo para conseguir a cirurgia, Heyd teve que passar por várias etapas e avaliações. Tudo exigido pela juíza. Entre elas, teve que provar que nunca havia modificado nada em seu corpo. Três vezes por semana eram feitos testes psiquiátricos que investigavam toda a sua vida para saber se a história era realmente verdadeira ou não. Heyd conta que em seu caso há uma disfunção genética, ou seja, segundo ela, ?não há uma identificação com o sexo que vem na pessoa?. ? Os transexuais não fazem a cirurgia (de mudança de sexo), porque muitas vezes vivem disso (prostituição). Com o homossexual pode ocorrer a inversão de papel. Eu mesmo tenho um amigo que era gay e hoje tem filho e é casado. ? acredita Heyd. Para que ela conseguisse a cirurgia, os laudos psiquiátricos e endocrinológicos foram decisivos. Depois de 4 anos e meio de luta, a primeira cirurgia foi adiada de agosto para outubro de 2005, pois Heyd queria colocar próteses de silicone na mesma operação e até agosto não havia conseguido a cirurgia nos seios. Os médicos abriram contas, auxiliaram financeiramente. Todos estavam juntos para ajudar Heyd a realizar a cirurgia. Deus me deu uma legião de anjos. ? comenta referindo-se aos seus médicos. O dia da cirurgia
No dia 4 de outubro de 2005, Heyd fez, finalmente, a primeira operação, que durou 12 horas. No dia seguinte, sofreu duas paradas cardíacas. Ela conta que seu sobrinho Mateus sentiu que ela estava ?indo embora?.


? Minha mãe conta que acendia a vela e ela apagava sozinha. O pai, que sempre teve muito preconceito contra o filho, sentou no sofá e chorou dizendo que havia demorado 4 anos para que seu filho conseguisse isso e que agora ele iria embora. Foi no hospital que Heyd recebeu do pai pela primeira vez a resposta de uma ?Benção?. Ela conta, emocionada, do momento em que o pai disse ?Fica com Deus, filho? e fala que o sobrinho chama a atenção do avô até hoje quando ele fala para alguém que tem um filho, e não filha. ? Há cerca de um mês foi a primeira vez que meu pai disse para os amigos dele ?Essa é minha filha?. Heyd sobreviveu a duas paradas cardíacas. Mas, por causa delas teve que fazer 5 correções cirúrgicas em um período de seis meses. Sendo que a última foi realizada no dia 29 de março de 2007. As cirurgias foram realizadas no Hospital de Caridade São Vicente de Paula, em Jundiaí. O primeiro caso feito pelo SUS na cidade do interior de São Paulo. Heyd conta que quase não sentiu dor. Oito dias após a operação, ela já andava normalmente. Sua mãe a levou para casa para que ela se recuperasse, falava que Heyd havia feito muita coisa para a família, mesmo não estando presente. Em agosto de 2006, Edmar recebeu a notícia que tanto esperava: Havia saído a nova documentação. Agora era oficialmente Heyd tanto no RG quanto na certidão de nascimento. A escolha do nome foi algo difícil para ela. Não gostava de Edmara, que seria uma espécie de feminino de seu nome (Edmar). Mateus, o sobrinho de 9 anos de Heyd, disse que gostaria de escolher o nome. Ele dormiu e quando acordou escreveu, desta maneira, o nome que gostaria que a tia tivesse: Heyd. O pós operatório Luís Carlos, seu namorado, passou a admirá-la ainda mais depois de toda esta história. Ela afirma que sente o mesmo prazer que qualquer mulher sente quando se relaciona com alguém. ? Não me considero diferente de ninguém. ? diz Heyd
Os parentes sempre criticaram Heyd. Ela e sua mãe nunca freqüentaram as festas de família.


? Depois da cirurgia, duas vans cheias de parentes que eu nunca tinha visto apareceram em casa somente para ver o resultado da cirurgia.


Pelo resto da vida, Heyd terá que tomar hormônios e pelos próximos 5 anos, ela tem que voltar ao endocrinologista para refazer os exames. Ela toma seis caixas de remédio de R$ 54 por mês.


Em julho, ela fez sua primeira visita ao ginecologista. Tem vontade de adotar uma criança, mas conta que além de Luis Carlos, seu namorado, já ter dois filhos, que ela ainda não conhece, sua melhor amiga, ?amiga-irmã?, Patrícia, morreu e deixou uma filha, hoje com 17 anos. ?Sou a mãe tia?. Quando Mateus, o sobrinho de Heyd nasceu, a filha de Patrícia teve que ir ao psicólogo para fazer terapia por crise de ciúme. Ela conta que até hoje os dois chegam a brigar por causa da tia.


Batizada na Igreja Católica, Heyd acredita em Deus como uma energia superior. Ela se considera sensível, fechada e muito determinada.


? Ia me trocar, vim direto do médico, mas não deu tempo.


A relação de Heyd com o médico que fez sua cirurgia é paternal. Ela conta que conhece a família dele e que mantém uma relação afetiva com todos que o rodeiam.


Na faculdade de medicina de Jundiaí, todos conhecem Heyd. Quando ela passa, as pessoas a cumprimentam, mesmo sem ela saber quem são. Entre os seus planos para o futuro está escrever um livro contando sua história.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Essa é rapidinha!

Carnaval, você em casa, a tv dividida entre o inovado desfile das escolas de samba no Rio, com a Galisteu vestida de uma coisa de gosto estranho e muito duvidoso, e com a galera super animada na Bahia, no Band Folia.

Aí você entra na Internet, MSN, Orkut e resolve dar uma passada nos portais e dá de cara com a mega manchete do Terra : "Beijoqueira atrevida "ataca" 3 ao som de Babado Novo". Então você pensa, se cada um ou uma que atacasse 3 ou mais ao som de qualquer banda na Bahia virasse manchete, não haveria site suficiente para isso.

O problema agora é para a atrevida menina que ficará famosa por ser tão rapidinha, afinal, os três foram ao som da mesma música, "Extravasa", com direito a foto e tudo mais. E os três que ficaram com ela, com certeza repartiram baba um do outro. Vish. Isso é carnaval.

Vale destacar o fim da matéria:

Com a apresentadora e cantora Eliana, ela (Claudia Leitte) cantou 'Não Quero Dinheiro', de Tim Maia. Vish... O carnaval acabou aí para o Tim Maia, que com certeza, está até agora se revirando no túmulo.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Pílulas de irritação

Não! Fernanda Young não é a única irritada. Ricardo Feltrin não é o único irritado. Você também é, e eu sou muito mais. E acredite, você é muito mais irritante do que irritado. Pelo menos para mim.

A partir de hoje, colocarei aqui momento de irritação na vida de qualquer pessoa.

Por exemplo, (começar assim já é irritante) ir ao médico não é nada agradável, você resolve ir mais cedo para quem sabe ir embora mais cedo, mas quando chega... A médica ainda não chegou.

Se já não bastasse você ter que esperar, quando você entra na entediante sala de espera, aquela com revistas veeeelhas, de quando o leite nem adulterado estava, não há lugar para se sentar. O negócio está tão cheio que você se sente na pista no meio de um show da Banda Calypso. De repente, depois de muito esperar, a médica aparece e diz "Estou super atrasada"... Não diga?! Será que nós que estamos super adiantados? Ela chama o primeiro paciente e você pensa "Ahá! Agora terá lugar para sentar".

Dois lugares se esvaziam, uma mulher senta e quem senta do lado dela? Uma criança. Enquanto todos os outros continuam em pé. Sim! Uma criança cheia de vida, saúde para dar e vender e energia para ficar dias em pé pega o lugar do cansado com dor nas costas. E a mãe, tia, avó ou algo do tipo da criança acha tudo lindo... Tão lindo quanto o traje de banho da Suzana Vieira na capa da Caras. (essa parte é melhor pular)

Mais lugares vão esvaziando e pessoas sentando, quando você percebe, todos sentaram, menos você. Você, o bobão, continua em pé. A secretária, nervosa, sem graça, mas educada e bem humorada olha e diz "Então você sobrou em pé" e dá aquele irritante sorriso amarelo. Você olha, ri e diz, tentando ser elegante "É, mas não tem problema". E a pior piada para o pior momento é feita pela secretária "É para ver se você cresce mais", você ri animadamente "HA HA HA" e fecha a cara.

Uma família de quatro pessoas, sendo uma delas um menino chatíssimo que não pára, pula, grita e dança no meio da sala, ocupa quatro disputadíssimos lugares. Um dos dois médicos que atendem no consultório chama um integrante da unida família. Os outros continuam lá, e você permanece em pé. Passa um tempo e você descobre que aquela família foi fazer tour no consultório, três acompanhantes para um paciente. E você em pé.

Quando você consegue sentar, a médica te chama. Depois da consulta, a boa notícia "Volte só daqui seis meses".

E por favor, volte sozinho ou acompanhado de uma pessoa. Para garantir, leve o banquinho de casa.

SPFW, Carnaval e o de sempre.

Digamos que a preguiça se juntou ao péssimo Weblogger e eu fiquei um tempão sem atualizar o blog. Aí que nesse meio tempo o Natal se foi, o ano começou, a Gisele já chegou para o Fashion Rio e já se foi e o São Paulo Fashion Week já acabou.

Sim! O primeiro sofrimento do ano já passou. A primeira leva do verbo "arrasar" já chegou ao fim. Mas, além do arrasar, ainda temos o brilhar e agora o "se joga" "dá show" e "prova que tem samba no pé". Sim! Isso é manchete:

Gisele Bündchen arrasa mais uma vez
Globo - 9 jan. 2008

Perto dos 30 e sem crise, Gisele brilha pela Colcci
O Estado de São Paulo

Neon arrasa com divas abusadas na passarela da SPFW
Folha Online - 21 jan. 2008

Juliana Paes se joga em balada da SPFW e conta novidade para 2008
Globo - 21 jan. 2008

E no site da revista Gloss:

"Quem também arrasou na passagem pelo Fashion Week foi o auto-intitulado Bin Laden brasileiro (que não quis falar seu nome) e o compositor Sandoval Junior. Como conseguiram entrar?"

Agora, preparem-se, o carnaval vem aí:

Grazi Massafera arrasa no ensaio da Grande Rio. Unidos da Tijuca ...
O Globo Online - 20 jan. 2008

Ellen Roche brilha e se emociona no Anhembi

Gracyanne Barbosa dá show de samba em ensaio técnico na Sapucaí

e na Globo:

"Paola Oliveira e Maurício Mattar eram os mais animados.

A atriz exibiu a boa forma e mostrou que tem samba no pé."

Fora a exibição de forma:

Juliana Alves exibe boa forma no ensaio técnico da Mocidade
Globo -

Demi Moore exibe boa forma aos 45 anos
Globo -

Ex-modelo exibe boa forma e muitos sorrisos pela orla do Leblon
Marataízes

Ou faltam palavras para expressar tamanha emoção, ou faltam criatividade e dicionário.