sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A partir de agora

Estou numa sequência de posts clichês, talvez porque eventos clichês estejam rodeando a minha vida.

Mas o texto de hoje é porque eu sinto uma necessidade imensa de vir aqui escrever. A gente passa o tempo todo correndo, reclamando, brigando e discutindo com as pessoas que a gente gosta, sempre tentando encontrar problemas para discutir mais e mais, e de repente, a vida nos traz exemplos de que não somos nada, de que de repente tudo pode acabar.

Este exemplo veio de uma pessoa que eu não cheguei a conhecer, somente cruzei algumas vezes na faculdade, mas que tinha uma vida muito parecida com a minha. Estudante, jovem, saudável, mas de repente, em alguns dias, vai parar num hospital e não sai viva de lá.

Infelizmente, somente nessas horas a gente sente vontade de viver sem complicar, de agradecer a Deus por tudo e por todos, e dizer para algumas pessoas como elas são importantes para nós. É aquele sentimento de "podia ter sido comigo".

A internet expõe tanto as pessoas, que, através do twitter podemos ler os últimos momentos de sua vida. É estranho ver que há exatos seis dias, ela brincava sobre o hospital em que estava internada, e há 8 dias, ela dizia que não estava com nada grave, que ficaria internada até segunda ordem.

A vida assusta! A morte surpreende! Por que nós complicamos tanto? Por que reclamamos tanto? Por que não levamos nossa vida da melhor maneira possível? Por que não agradecemos e não abraçamos quem nós amamos mesmo sem ter um motivo aparente? Somos realmente idiotas!

Eu me arrependo muito de todos os momentos em que eu fechei a cara nessa semana sem ter grandes motivos, em que me estressei, e fui mal educado com as pessoas que eu amo. Não posso desperdiçar a possibilidade de sorrir, de dar risadas com as pessoas que eu gosto. Não posso perder a oportunidade de dizer isso para elas.

Farei isso a partir de agora.

domingo, 23 de agosto de 2009

Autoajuda pra mim mesmo

Uma coisa me fez pensar muito nesses últimos dias. Em sua primeira aula, um professor da faculdade deu uma ficha para nós preenchermos, entre as perguntas estava: "Qual a cidade que você mais gostou de conhecer?". Respondi todas, inclusive os países que eu tenho vontade de ir, e deixei essa para o final.

Pensei por alguns minutos, lembrei de todos os lugares que eu já fui na minha vida e vi que ainda não havia nenhuma cidade que realmente tinha gostado de conhecer. Comecei a pensar em tudo que já aconteceu e em todos os momentos que eu considero inesquecíveis em minha vida.

Por uns instantes, fiquei com aquela sensação de desespero, pensei "será que eu fiz tudo que eu devia ter feito?", "será que eu aproveitei tudo o que eu tinha para aproveitar?". Me deu vontade de sair correndo, largar tudo e pegar um avião para qualquer lugar do mundo.

Depois disso, percebi que para mim, não é somente isso que conta. Cada momento da vida tem um significado importante e que as pequenas coisas me deixam feliz. Não sei até que ponto isso é bom, mas eu vi que às vezes, um programa de televisão, uma ida ao shopping, um filme, um passeio na rua, hamburguer com os amigos, vale muito mais do que tantas coisas consideradas luxuosas.

É claro que eu tenho muita vontade de conhecer o mundo todo, de sair viajando por todos os lugares e conhecer as diversas culturas, mas, enquanto isso, vejo que o que faz a minha alegria, na maior parte das vezes, são os pequenos momentos, algumas vezes segundos e minutos que se tornam inesquecíveis.

Por isso, eu sempre encontro alguma coisa para me deixar animado e ansioso. Essa semana, por exemplo, é a estreia de "Os Normais 2" que está me deixando assim. E depois, tudo isso me dá saudade.

Eu sinto saudade até do dia que eu fui assistir Planeta dos Macacos, em 2001, com os meus amigos. O filme era chato, mas o momento me marcou. Assim como, todas as vezes que nos reunimos para ver os filmes de terror mais bizarros do mundo. Eu sei que todos estes momentos que eu vivo agora também irão me marcar e que eu sentirei saudades deles em um futuro não tão distante. Por isso, vivo todos os momentos já com a consciência de que eles serão inesquecíveis, tiro fotos e sempre penso em alguma música que me fará lembrar de cada um deles.

Ok... Este foi mais um post "autoajuda". Prometo que o próximo não será focado no meu "eu". hahaha

PS: Olha que louco, mas eu tenho saudade até das idas, que na época era muito chatas, ao shopping com a minha mãe quando eu era pequeno. Ficava horas sentado entre os cabides da loja, mas no fim ganhava lanche do Mc Donalds e escolhia um CD nas Lojas Americanas hahaha.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Lugares comuns

Tem duas coisas que tem me incomodado muito ultimamente. Além da minha foto achatada no Orkut, é claro.

A primeira delas é o elevador. Não entendo muito bem o motivo das pessoas desconhecidas quererem tanto se transformar em melhores amigas de infância do clima durante alguns andares.

Toda vez que você entra no elevador, a cena se repete. Se ele está vazio, você dá um suspiro aliviado, mas se tem uma pessoa, já começa aquela tensão de "será que eu puxo assunto?". Não! Não puxe assunto. Vocês não se conhecem e não precisam comentar que está frio lá fora. Sem contar que, muitas vezes, o clima (e nesse caso não é meteorologia) está tão estranho que, sem querer, você reclama do calor, enquanto na verdade os termômetros marcam recordes de temperatura baixa.

Se você pretende ter assunto no elevador, entre, pelo menos, duas ou três vezes no site do Climatempo. Afinal, com esse papo de aquecimento global, não é raro os termômetros oscilarem muito em questão de minutos e, neste caso, além de fama de "sem assunto", você vai ficar conhecido como "mentiroso".

Você não precisa ser mal educado, mas um "Bom Dia", "Obrigado" já bastam no elevador.

O outro assunto que me incomoda tem relação com o elevador, afinal, também é um ambiente fechado em que várias pessoas que nunca se viram antes passam alguns momentos juntas. Um dos grandes problemas do metrô é o mesmo do elevador. As pessoas não esperam quem está dentro sair para entrar.

Mas irritante mesmo é na escada rolante. O aviso bem grande diz para deixar a esquerda livre para circulação, mas, algumas pessoas fazem questão de parar na esquerda. Tudo bem, eu aceito, já que nem todos sabem o que é direita e esquerda, mas para aqueles que param no meio da escada não tem perdão.

Hoje mesmo eu presenciei uma cena patética entre uma única estação e outra. O metrô estava cheio, mas com o surto de gripe suína, as pessoas estão com medo e evitam ficar muito próximas, mas havia um casal de jovens que fazia questão de trocar beijos dentro do vagão.

Tanto lugar para beijar! Namorar dentro do metrô é muito triste! Para completar a cena, eu fui obrigado a tirar os meus fones do ouvido. Eu não conseguia acreditar que ouvia o casal trocando palavras, além dos beijos, em linguagem infantil. Sim! Eles estavam falando como se fossem bebês. "Mozinhuuu quer beijinhu... né?". Sorte que eu já ia descer na próxima estação, se não, seria caso de terapia. Mais para eles, do que para mim.

domingo, 9 de agosto de 2009

Piscar de olhos

Nada mais clichê do que dizer que tudo passou num piscar de olhos. Aliás, o assunto deste post é algo tão batido e comentado que parece nem ter importância. Mas é que de repente, nós percebemos que tudo passou tão rápido...

É incrível pensar na velocidade com que os últimos dez anos passaram. Pode não ter sido num piscar, mas em alguns. Em 2001, eu lembro exatamente do dia que as torres gêmeas desabaram, eu, no alto dos meus 13 anos, nem imaginava o que estaria por vir nos próximos tempos. Lembro que enquanto eu voltava da escola, vi que a Globo havia tirado o SPTV do ar para falar do ataque e eu ainda pensei "não acredito que interromperam a programação para falar disso".

Um ano depois e eu estava na oitava série. Ainda tenho guardado um jornal em que eu e todos aqueles que até então seriam meus amigos para sempre escrevemos uma certa data em que nos encontraríamos todos anos. Sete anos se passaram e raramente todos nós nos vemos.

De 2003 a 2005 foram tantos acontecimentos tão diferentes que nem deu para sentir, quando eu vi, já estava prestando vestibular. Assim como quando abri os olhos e estava dentro de uma sala de um cursinho e, pouco depois, cheio de tinta no trote da faculdade.

Um ano depois e eu já tinha todas as responsabilidades que sempre ouvia as pessoas reclamando. Tarefas, chefe, bronca, contas e, felizmente, salário. E agora, já estamos quase chegando no final da primeira da década de 2000.

E você lembra que diziam que o mundo acabaria na virada do milênio? Será que acabou e tudo isso que estamos vivendo é invenção?

Não sei se quanto mais velho nós ficamos, mais rápido passam as coisas, ou se até para as crianças o tempo está voando. Só sei que ainda me surpreendo quando lembro que de 2001 para cá já se pasaram 8 anos e que a Maisa Silva, uma das estrelas atuais da TV, nasceu em 2002, quando eu já tinha 14 anos. Tudo isso sem contar que todas as loiras que animavam minhas manhãs já estão próximas dos 40...