sábado, 19 de setembro de 2009

Se as garotas do Leblon não olham mais pra mim...

Usar um óculos com grau forte sempre foi um dos assuntos discutidos por mim nos meus blogs, tanto que, antes de se chamar "Conforme For", este blog recebia o nome de Lente de Aumento.

Quando eu era criança, arranjava várias brigas por causa do óculos. Não aguentava ouvir alguém me chamar de "4 olhos", e quando alguém falava "Nossa, mas você consegue enxergar alguma coisa sem óculos?", eu logo dizia "Consigo ver sua cara de idiota com óculos e sem óculos".

Acho que este foi um dos motivos de eu ter construído uma auto-defesa muito grande. O tempo foi se passando e eu parei de me incomodar tanto com o óculos e com as pessoas que falavam dele. Sempre dizia que ele era o meu melhor amigo. E é verdade, afinal, ele está comigo em todos os momentos da minha vida. Bons ou ruins, o óculos está lá me ajudando a enxergar tudo como realmente é.

Às vezes, eu até queria que ele não existissse. Tem tanta coisa que seria melhor não ver nitidamente.

De qualquer forma, ainda tem uma coisa que me irrita muito. Por que sempre que alguém de óculos vai tirar uma foto um chato fala para tirar o óculos? Eu não tiro de jeito nenhum. Se eu sair sem óculos não sou eu que estou na foto. A não ser que eu esteja de lente, aí é outra história.

Sempre disse que se alguém quisesse ser meu amigo não deveria nunca me perguntar o que eu tenho no olho "É miopia?", nem quantos graus. Confesso que isso ainda me deixa incomodado, e quando alguém me pergunta, por mais que seja sem maldade, eu tento desviar o assunto e de qualquer forma invento. Sempre falo que eu tenho 10 graus, embora, nem eu mesmo saiba quantos graus exatamente eu tenho.

Ahh, outra coisa. Cirurgia só depois dos 21 anos e meu grau ainda não pode ser zerado. Portanto, esta pergunta a gente pode evitar também.

Faço do meu óculos a minha marca registrada. Se eu fosse famoso, lançaria heróis de brinquedo com óculos, jogos com óculos, óculos em forma humana e usaria um óculos como meu logotipo hahaha. Aliás, só tenho até o fim deste ano para quando for escrever "2009", fazer um óculos com os dois zeros do ano.

Dedico então este post ao meu grande amigo, companheiro de todas horas, que me faz ver o mundo como ele é! Obrigado óculos!

domingo, 13 de setembro de 2009

Roendo as unhas sem parar

Eu queria escrever alguma coisa engraçada, principalmente por ter assistido ontem à peça "Surto", uma das melhores que eu já vi. Mas não dá para ser engraçado quando você não está se sentindo feliz.

Fiquei pensando exatamente nisso. E as pessoas que vivem do humor? Como elas conseguem fazer os outros rirem quando estão com vontade de chorar? Acho que é mais fácil fazer os outros chorarem, mesmo quando você está alegre, do que fazer rir quando você não está bem.

Às vezes eu fico com medo deste blog virar uma versão online de um diário de uma menina de 15 anos. Essa coisa de escrever sempre em primeira pessoa aqui me deixa preocupado. Aquela necessidade de escrever sobre seu cotidiano, sua vida, as decepções, os medos e as pessoas. Será que é melhor me limitar aos 140 caracteres do Twitter?

Na verdade, eu ainda prefiro que este blog fique parecido com um diário de uma menina do que eu ser atacado pela auto-censura e evitar falar de coisas que eu sempre gostei de falar.

Prometo que meu próximo texto será sobre qualquer fato do cotidiano que seja interessante de contar.

Por mais que eu continue roendo unhas sem parar, com uma sensação estranha de ansiedade e uma tensão ligada a algo que eu não tenho controle. Talvez, escrever sobre futilidades faça com eu divirta que está lendo e me divirta.

Como bem disseram para mim, o meu maior problema é que eu penso demais. Por isso, às vezes eu queria ser a Tati Quebra Barraco, a Carla Perez, o Kléber Bambam ou até a Mulher Melancia. Pensar pra que?