terça-feira, 10 de julho de 2007

ROSANA HERMANN CITA POST DO BLOG EM SUA COLUNA DE TV

Telespectador critica episódio de A Diarista

A maior vítima da postura 'politicamente correta' é o humor. O humor costuma basear-se na crueldade, na falta de solidariedade com o próximo, na desgraça alheia. Até o mais inocente palhaço de circo infantil vale-se desta técnica para rir do colega que escorrega na prosaica casca de banana.

Recentemente o seriado A Diarista, da Globo, caiu nesta armadilha, o risco de causar revolta pela falta de correção política. Aos olhos do telespectador e blogueiro Adolfo o seriado deu um 'péssimo exemplo' ao tratar o tema da prevenção de câncer de próstata através do exame de toque de forma jocosa.

O personagem Seu Figueirinha, interpretado por Sergio Loroza, atendido por um ator grande e forte no papel de um médico que realiza o exame, chora ao buscar o resultado. Não porque tenha tido algum problema, mas porque 'o médico não havia deixado um bilhete, um telefone, nada', insinuando que ele se apaixonou pelo médico que realizou o toque retal.

Adolfo aponta que num 'país machista onde é difícil convencer um homem a fazer o exame de próstata' a brincadeira foi um reforço em relação ao preconceito. Na verdade a piada é velhíssima e foi adaptada para fazer graça. A discussão sobre o quanto um seriado pode de fato reforçar o preconceito e prestar um desserviço é interminável. Mas uma coisa é certa: humor politicamente correto é tão impossível quando água desidratada

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