terça-feira, 7 de agosto de 2007

Lágrimas

Nesses últimos dias nós vimos tantas cenas de choros e lágrimas. Vivenciamos em um mesmo período a mesma reação para sensações tão distintas. O choro da vitória e o choro da perda. A perda irreparável, a perda eterna. A vitória de uma vida, de uma luta. Um sofrimento.

A dor das famílias que viraram vítimas do maior acidente aéreo do país e a esperança dos atletas no PAN. Como duas sensações tão distintas podem gerar a mesma reação? Lágrimas.

Quem não chorou ou se sentiu angustiado ao ver vidas de centenas de pessoas sendo destruídas em segundos? Quem não se emocionou ao ver a bandeira do Brasil no Maracanã lotado com a vitória das meninas no futebol?

Não podemos deixar que este acidente e suas vítimas sejam esquecidas nunca. Nem essas, nem as tantas outras que morreram no acidente da GOL. Nem as vítimas de bala perdida. Da cratera do metrô. Dos assaltos. Do cinema. Do Osasco Plaza Shopping.

São vidas. Não se pode banalizar a vida e a morte. Achar normal que mais um tenha morrido. Não era mais um. Era um. Uma única pessoa com seus sonhos, medos, amigos e amores.

E pensar que agora mais alguém está chorando. De alegria. De tristeza.

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