domingo, 31 de janeiro de 2010

Golpe do taxista e Recoleta

Mais uma vez coloquei o celular para despertar às 8h30, mas acordei antes com o barulho da chuva. Não consegui mais dormir sabendo que o tempo estava ruim. Levantei, peguei um pedaço de pão com requeijão e fui procurar o Carrefour na manhã de sábado.

No dia anterior, o Fabio e o Bruno, os brasileiros que eu conheci na quinta, haviam me falado que o Carrefour estava com uma promoção muito boa, você comprava dois produtos iguais e ganhava 70% de desconto no segundo, e que lá vendia Havanna.

Perto do hostel e da 9 de julio tem três flliais do Carrefour. A primeira delas é um "Mini", parecido com os supermercados de bairro aqui no Brasil, o segundo, na Corrientes, é Express, mas não vende Havanna, e o último, já a uns 10 quarteirões do albergue, na própria 9 de julio, que é o maior de todos.

Cheguei lá e já dei de cara com o Havanna. O preço era tabelado, e mesmo sem a promoção já é muito mais barato do que no Brasil. Aqui em São Paulo, uma caixa com 12 alfajores custa 42 reais, lá está 38 pesos. Comprei 6 caixas da Havanna, pena que lá não vendia doce de leite.

Depois deste meu passeio de ancião, mas que eu adoro, fui correndo para o hostel encontrar o pessoal. Estava chovendo fraco, eu estava cheio de alfajores, com a edição do dia do Clarín e ainda precisava comprar um cadeado para guardar minhas compras no quarto.

Eu estava tão empolgado com os alfajores que passei umas 4 quadras do hostel e nem percebi, quando eu vi, o Obelisco já estava lá atrás. Tive que voltar correndo.

Encontrei o pessoal no hostel. Lá pras 11h, fomos na Calle Florida atrás de um câmbio para eles trocarem dinheiro. Eu aproveitei e saquei no caixa eletrônico da Galeria Pacífico. Depois disso, eu estava decidido a ir sozinho para o bairro de Recoleta, mas fui convencido a ir com o Fabio, a Maria e a Paula até a Casa Rosada.

O golpe do táxi

Pegamos um táxi só por estar chovendo, já que o caminho não era tão longo. E não é que o taxista tentou aplicar aquele famoso golpe argentino?

O valor da corrida era de 10 pesos, o Fabio entregou uma nota de 10 para o taxista. De repente, o motorista devolveu 2 pesos. Primeiro pensamos que ele estava cobrando 8 pesos, mas não... De repente, o taxista começou a falar coisas do tipo "Olha aí na sua mão, você me deu 2 pesos só, a corrida custou 10 pesos". Sorte que na mesma hora todo mundo falou que tinha visto ele dando 10 pesos. O taxista ficou bravo, mas desistiu do golpe e mandou a gente sair correndo do táxi. E eu que pensava que isso era lenda...

Casa Rosada

Chegamos novamente à Casa Rosada, mas desta vez conseguimos entrar. Aos sábados e domingos há visita monitorada por alguns pontos do local, já que tem a parte restrita para o Governo.

Conhecemos o Salón de la Mujer, uma homenagem às principais mulheres argentinas (na segunda foto), claro que Eva Perón está entre elas. Também andamos por partes históricas e realmente muito bonitas. O tour dura cerca de trinta minutos e vale muito a pena, principalmente por ser de graça.



Depois disso, o Fabio voltou para o hostel e nós continuamos o passeio. Queríamos ir até o bairro de Recoleta, mas para isso, precisávamos trocar notas por moedas para pegar o ônibus, já que em Buenos Aires, não há cobrador. Você coloca as moedas em uma máquina para pagar a passagem (primeiro foto a seguir).

Fomos ao metrô e ficamos cheios de moeda. Por volta do meio dia, estávamos em Recoleta, um dos bairros mais bonitos da cidade. Quando chegamos, demos de cara com cabines telefônicas parecidas com as de Londres e também com a Freddo.



A primeira parada foi na tradicional feira de artesanato que acontece aos sábados. Neste momento a chuva já havia parado e o céu dava sinais de que iria ficar azul. Nós não confiamos, mas a recepcionista do hostel havia nos dito que às 15h o sol apareceria. E ela acertou.

Claro que se eu estivesse sozinho, demoraria uns 15 minutos na feirinha, mas acompanhado de duas mulheres, eu já estava preparado para demorar um pouco mais hahaha.

Mas valeu a pena. Deu para ter contato direto com a arte local, as fotos, pinturas, joias e o tango. Elas se empolgaram e compraram bastante coisa. Eu comprei um imã para minha mãe e um avião de madeira, que eu ia dar pro meu amigo Rafa, mas gostei tanto que ficou para mim hahaha.

Depois de andar por quase toda a feira, já estávamos com fome. Vimos um homem vendendo pão caseiro com presunto, queijo, tomate, cebola e outros sabores. Deixei o preconceito de lado e experimentei. Estava muito bom de verdade. Paguei 8 pesos, mas era imenso e muito gostoso.



Depois disso, continuamos andando pelo bairro. Um fato surpreendente, nós gostaríamos de ir ao Museu Nacional de Belas Artes, bem no fundo dele, sem saber que era lá, perguntamos para alguns argentinos que estavam andando se eles sabiam onde era o museu, ninguém sabia.

De repente, avistamos a famosa (e gigante) Flor de Metal, parece que durante a noite a flor se fecha e permanece aberta durante o dia.



Depois disso, conseguimos achar o Museu Nacional de Belas Artes. Entramos, demos uma volta de dez minutos e saímos. Realmente, não tenho paciência para isso.



De lá, partimos para o Buenos Aires Design, um dos shoppings mais famosos da cidade. É lá que está o Hard Rock Cafe Buenos Aires. Mas só demos uma volta, não entramos porque não iríamos consumir nada.




Sem perceber, fomos parar no Centro Cultural de Recoleta e acabamos saindo pela entrada. Fomos surpreendidos com uma exposição muito legal, Jardim das Mariposas. O local estava lotado de borboletas que voavam e até pousavam em você. Foi fácil tirar foto delas.



Passamos rapidamente pela igreja do bairro e, finalmente, fomos ao famoso Cemitério em que Evita está enterrada.

O lugar é imenso e parece uma cidade. Os túmulos podem até ser comparados com os de cemitérios de São Paulo, como o da Consolação, mas a forma em que eles estão divididos lembra muito uma cidade, e alguns parecem até casas.



Um fato curioso é a quantidade enorme de gatos no local. Não foi difícil encontrar algum deles dormindo encostados em túmulos.

Em frente ao cemitério, há um mapa para você localizar o túmulo que deseja encontrar, mas é realmente difícil. Tivemos a sorte de nos infiltrar com um grupo que estava indo ver o túmulo da Família Duarte, onde Evita está enterrada.



Confesso que esperava mais do túmulo dela, que é simples perto dos outros, mas segundo o guia, que pegamos de graça hahaha, se ela pudesse escolher, nunca gostaria de estar enterrada ali, já que durante toda a sua vida, ela lutou pela igualdade social, e aquele cemitério é somente para a elite argentina.

Depois disso, as meninas ainda foram à Biblioteca Nacional, mas eu peguei o ônibus (2,20 ida e volta) para tentar assistir ao show de tango na Galeria Pacífico.

No próximo post eu conto sobre o Show de Tango, os momentos sozinho, o melhor sorvete do mundo e a ida às lojas da Calle Florida.

Aqui vão mais fotos da visita à Casa Rosada:



2 comentários:

  1. Muitas aventuras na argeeentina!!!

    Ainda bem que não fcou sozinho e agora pode falar que teve uns dias de "desapego", certas coisas na vida é melhor sozinho mesmo neh? uhahaha

    Quem sabe a gente vai lá um dia ai vc me mostra ;)

    Bjssssss

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  2. Hahaha bom demais! A Argentina é ótimas, mas o argentinos... como puderam dar o golpe? Haahha
    E o pão caseiro, juro que eu aqui na minha maloca a essa hora da noite fiquei morrendo de fome!
    Não é que você achou a flor prateada? Eu disse que ela existia, mas as várias Quilmes e Buds não me deixam lembrar se vi ela ou não! Devo ter visto, pois lembro desse museu chato de Belas Artes, rs!
    Sabia que a casa da argentina que eu conheci é pertinho dessa shopping? Era Palermo, passava em frente todo dia.
    E por último, o túmulo da Evita você disse que seria difícil achar, que nada! Viu como foi fácil!

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