domingo, 21 de fevereiro de 2010

Tango e Freddo - Noite tradicional

Ir a Buenos Aires e não assistir a um show de tango é quase como viajar para o Rio de Janeiro e não ir ao Cristo Redentor.

Um dos shows mais conhecidos para turistas na cidade é o Senhor Tango, mas como um bom mochileiro que quer economizar, eu decidi ir atrás de outro espetáculo. E quase sem querer, na sexta-feira, meu segundo dia na capital argentina, eu fui parar no Centro Cultural Borges, que fica na Galeria Pacífico, e é um dos maiores centros de exposição da cidade.

Entre um cartaz e outro, vi que lá tinha shows de tangos (Compañia Bien de Tango) aos fins de semana e decidi que este seria meu programa para a noite de sábado.

Depois de andar o dia todo por Recoleta, como contei no post anterior, peguei um ônibus umas 18h e fui para a Galeria, cheguei lá e comprei meu ingresso por 50 pesos, não havia mais o de 40.

Enquanto esperava a hora do show, às 20h, fui andar mais uma vez pela Calle Florida, entrei em diversas lojas em que os brasileiros fazem a festa, já que com o peso fica tudo muito barato, até na Zara eu fui. Experimentei umas roupas, mas não comprei nada.

Voltei correndo para a Galeria e assisti ao show. Eu esperava gostar do espetáculo, mas não tanto. Mesmo sozinho, eu adorei cada momento. Nunca tinha visto um show de tango de perto e deu para sentir o quanto aquelas pessoas gostam do que fazem e sentem a música. Sem dúvida, a dança mais sensual do mundo.



Não é só a dança, não é só a música. A troca de olhares e a interpretação fazem o tango ser o que é. Confesso que na hora que tocou Carlos Gardel (Por Una Cabeza, que faz muita gente lembrar de uma cena marcante do cinema com o Al Pacino) eu não aguentei e me emocionei. Não só pela música e pela dança, mas por saber que eu tinha conseguido e que estava em Buenos Aires, fazendo uma das coisas mais importantes do país, sozinho, mas acompanhado de tanta gente que estava comigo em pensamento. Foi inesquecível.

Depois do show, resolvi comer na própria Galeria, já que a Praça de Alimentação tem opções baratas. Dei uma volta e acabei escolhendo um hambúrguer de frango, batata frita e coca cola. E tudo isso me custou apenas 16 pesos (8 reais). Claro que deu até para comer sobremesa.



Aliás, esta sobremesa era um dos momentos mais esperados por mim. O Rafa, minha irmã e o Danilo já haviam me falado várias vezes do sorvete Freddo e eu decidi que aquela era a hora de experimentar.



Eu não sou um apaixonado, nem louco por sorvete, mas este é realmente muito bom. O melhor que eu já tomei na minha vida. Depois de experimentar vários sabores, escolhi o de doce de leite com brownie e também o de mousse de chocolate.

Vem tanto sorvete que eu nem consegui tomar tudo. Aliás, não é tão barato, custou 15 pesos, mas vale muito a pena. Depois eu descobri que cada loja da Freddo tem preços diferentes e que na Galeria Pacífico é realmente mais caro.

O sábado, que começou chuvoso, acabou com tango e sorvete.

No próximo post conto as aventuras do último dia inteiro na cidade, com direito a San Telmo, Caminito e muito mais.

Um comentário:

  1. Que demora, companheiro. Já tinha até esquecido das histórias, hahahha! Pelo menos ficou mais intenso!!! Achei até que o post fosse do Carnaval quando você me avisou! Adorei as fotos, como sempre! E chega de exclamaçõs. (!) Abração

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