domingo, 15 de novembro de 2009

Coisas que só podem acontecer no Rio de Janeiro

Aventuras - Parte 2 (ou 3?)

São Paulo tem fama de agitada, de não parar nunca. Quem mora aqui está sempre atrasado, apressado e estressado. Talvez seja por isso que quando saímos dela por alguns dias, já sentimos uma grande diferença.

Foi isso que aconteceu comigo no feriado em que estive no Rio de Janeiro.

Mesmo sendo uma das maiores cidades do país e tendo a violência como um dos assuntos mais divulgados sobre ela, o Rio de Janeiro é muito diferente de São Paulo neste sentido. Algumas coisas só acontecem lá.

Durante estes dias três fatos chamaram minha atenção.

No domingo, acordamos cedo e fomos para o Pão de Açúcar (44 reais para entrar). Além da vista linda, tanto no próprio Pão de Açúcar quanto no Morro da Urca (primeira parada do bondinho), tivemos a visita especial de um mico durante o passeio. Sim! Enquanto observamos a vista, fomos surpreendidos com a presença de um macaco (?), que passou pelas pernas do Rafa e foi parar em uma árvore. Além do Simba Safari, onde mais eu veria um bicho desses solto aqui em São Paulo? Esta é a primeira das coisas que eu disse que só poderiam acontecer no Rio.


Aliás, esqueci de contar que enquanto esperávamos o ônibus para irmos ao Pão de Açúcar, conhecemos a Carla, que é de Santos e estava no mesmo albergue que nós. Acabamos passando com ela quase todos os outros momentos da viagem.

Logo após irmos ao Pão de Açúcar, decidimos ir para Santa Teresa. Fomos até o centro da cidade, que estava vazio, e lá pegamos um táxi até Santa Teresa.

Chegando lá, fomos almoçar em um dos muitos restaurantes que rodeiam o lugar. Escolhemos o Marcô, que tem a melhor feijoada que eu já comi na minha vida (45 reais para duas pessoas). Além do ambiente ser muito agradável, ainda tinha de fundo clássicos da Bossa Nova sendo tocados ao vivo, entre eles, "Garota de Ipanema".



Depois disso, fomos andar de bonde pelo bairro (60 centavos). Como disse o Rafa em seu blog, foi uma viagem ao passado. Uma sensação muito boa andar pelas casas e ter uma das vistas mais lindas do Rio.
Aqui aconteceu o segundo fato que chamou minha atenção. Além do próprio bonde já ser algo bem diferente, já que ele circula normalmente para uso dos moradores, durante o caminho, o "motorista" parou para cumprimentar uma senhora. Ela estava no celular com alguém que estava doente e que era conhecido do "motorista". Ele simplesmente parou o bonde, pegou o celular e conversou com a pessoa. Se isso acontecesse em São Paulo, com certeza todos teriam xingado. Inclusive eu. O melhor de tudo é que dessa vez eu realmente peguei o bonde
andando e sentei na janelinha. Muito bom!



O terceiro acontecimento que vale a pena dividir foi no primeiro dia da viagem. Pegamos um táxi na Lapa para voltarmos ao albergue em Ipanema. Enquanto conversávamos com o motorista, ele simplesmente disse: "Eu também bebi! Tomei cinco garrafas! Aí pensei, vou ficar em casa fazendo o que? Vou trabalhar!". Eu e o Rafa já fizemos cara de espantados na hora, mas nossa expressão piorou quando ele completou a frase com "Estou com o olho pequenininho"...
A única coisa que o Rafa disse foi: "Abre o olho, moço. Pelo amor de Deus. Você está dirigindo" hahaha. Lembrando que na janela do táxi tinha uma adesivo escrito "Lei Seca". Aliás, tanto os taxistas quanto os motoristas de ônibus do Rio gostam de correr um pouquinho. Apesar do olho pequeno, chegamos bem ao albergue.

Posso dizer que no Rio, nós tivemos a experiência de andar de metrô, ônibus, avião, táxi, bondinho, bonde e até van... Como vocês saberão no próximo post.

Um comentário:

  1. Hahaaha nossa, lembrei do taxista "bêbado"... essas coisas me matam, porque ninguém imagina como eu tenho medo de andar de carro, haahha! Mas no fim as histórias são divertidas, até o prejuízo de R$222 que a Lagoa proporcionou vira história... se é divertida, aí já depende do tom de como ela é contada, né, companheiro?

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