quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Momentos de tensão no Rio de Janeiro

A viagem começou na sexta à noite, quando eu cheguei na casa do Rafa para comer pizza e tentar dormir, já que no sábado, antes das 6h da manhã tinhamos que acordar para ir ao aeroporto.

Pizza boa, assunto bom e muuuuita ansiedade. Se dormimos 3 horas foi muito.

No sábado, antes das 7h da manhã já estávamos no aeroporto, Eu, o Rafa e o Salbego, prontos para pegar o voo das 7h40. O voo foi tranquilo e às 9h da manhã já tinhamos chegado ao albergue em Ipanema, mas como a diária começava a valer somente às 14h, deixamos nossas malas lá e fomos para a praia de Ipanema, que fica a dois quarteirões de lá.

Andamos um pouco pelo calcadão e paramos em um quiosque. Ficamos lá por alguns minutos, mas logo eu e o Rafa fomos andar, enquanto o Salbego continuou lá. Observamos todos os detalhes de Ipanema e Leblon, mas no começo estranhamos muito a cidade. Como bem disse o Rafa várias vezes ela é "provenciana". Os prédios e as ruas destes bairros lembram muito cidades do interior, não parecem de praia, e chegam a lembrar também Jardins e Higienópolis, em São Paulo.




Depois de andanças e cervejas, fomos ao albergue guardar nossas coisas e já fomos almoçar. Mais uma vez em Ipanema, no Sindicato do Chopp. Comemos um churrasco misto, o que deu cerca de 30 reais para cada um. Como bem observou o Rafa em seu blog, no Rio de Janeiro comer não é nada barato.

Depois disso, enquanto o Salbego dormia, eu e o Rafa fomos andar mais por Ipanema e Leblon. Vimos as lojas, andamos pelas famosas ruas, entramos na livraria "Letras e Expressões" (Já fiz tanta nota de famosos lá que fiz questão de tirar uma foto) e até em uma igreja.

O albergue também fica próximo da Lagoa Rodrigo de Freitas, um dos lugares que eu e o Rafa fazíamos questão de conhecer. Nós havíamos decidido deixar para ir lá no domingo, mas como estava tão perto resolvemos conhecer rapidamente, mas combinamos que não iríamos tirar foto. Mal sabíamos que esta frase "Mas não vamos tirar foto hoje" ficaria tanto na nossa cabeça alguns minutos depois.


Observamos a Lagoa, comentamos como ela é bonita, olhamos ao seu reidor. Tudo bem na borda, encostados na água. Enquanto eu olhava para os prédios do outro lado da rua, o Rafa via a Lagoa. De repente, ele resolveu pedir para eu tirar uma foto, me chamou com a câmera na mão. Quando eu virei, sem querer encostei nele e a única coisa que nós dois lembramos, além da frase "mas não vamos tirar foto hoje", é da câmera caindo aos poucos da mão dele e indo para dentro da lagoa. Não tinha o que fazer, a não ser observar a câmera, dentro da capinha, caindo na Lagoa Rodrigo de Freitas.


Na hora, meu coração disparou, eu tremi e até a tonalidade da cena mudou. A Lagoa ficou parecida com o Rio Tietê. Sem pensar, o Rafa entrou na água e pegou a câmera. Ficamos alguns segundos em silêncio. Na volta para o albergue, não conseguia pensar em outra. Surpreendentemente, o Rafa tentava puxar assuntos diversos, mas no fundo eu sabia que ele também estava triste.

Deixamos a câmera desligada e esperamos ela secar. Depois, quando tentamos ligar, ela não funcionou mais. A sorte é que eu tinha levado a minha. Por uns minutos, o Rafa ficou desesperado e triste, e eu sem saber o que falar. Eu estava péssimo só de lembrar do dia que ele comprou a câmera e me mandou uma mensagem empolgado no celular contando a novidade. Este dia foi há pouco mais de um mês. Agora, a câmera está na assistência técnica, e nós esperamos para saber se tem conserto. Este assunto já está virando piada e pelo menos, além de dizer que a câmera caiu na água, o Rafa já pode contar para todos que ele entrou na Lagoa Rodrigo de Freitas para salvá-la.

No mesmo dia, ou na mesma noite, ainda fomos até a Lapa, região do Rio de Janeiro cheia de bares, mas que não chega aos pés da Vila Madalena, e depois, eu e o Rafa andamos mais uma vez pelo Calçadão. Isso à 1h da manhã. Quem diria que nós dois estaríamos andando sozinhos pelo Rio de Janeiro durante a madrugada? Sensacional.

2 comentários:

  1. Nossa, e a cena (ou será Sena by Sasha) voltou com tudo na minha cabeça... lembrei até do cheiro de sal com alga daquela Lagoa, ahahha. Juro que pensei que isso fosse estragar a viagem, mas fazer o quê, né? Agora é passar por cima do prejuízo e esperar a próxima.
    Me deu uma saudade....

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  2. Espero que tenha conserto.
    E Adolfo, isso me lembra da história do pão de mel. É claro que, nesse caso, não foi resultado de um empurrão, o prejuízo pode ser muito maior do que R$ 1, e vocês dois não ficaram de mal depois =)

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