Desde quando eu comecei a planejar minha viagem a Buenos Aires, eu já tinha definido o que eu faria na manhã de domingo. Ir à feira de San Telmo, um dos passeios mais tradicionais da cidade.
Acordei cedo e fui mais uma vez ao Carrefour, enquanto esperava os brasileiros acordarem para irmos juntos a San Telmo. Queria comprar mais Havanna, mas não tinha mais. Fiz uma pesquisa com as velhinhas argentinas para descobrir qual outro alfajor era bom e acabei levando um que se chama Negro.
Depois disso, cheguei ao hostel e encontrei os brasileiros, que haviam perdido a hora e o café da manhã. Fomos atrás de alguma padaria aberta para comer. Encontramos uma na Esmeralda, e acabei comendo miga, que é tradicional na Argentina, uma espécie de sanduíche com pão de forma bem fino com queijo e presunto, e uma coca-cola (11 pesos).
San Telmo
Pegamos um ônibus até San Telmo. Realmente, lá é sensacional. Principalmente pelo ambiente em si. Várias pessoas de diferentes tipos, muita música tradicional no meio da rua, dançarinos de tango. Tinha até um casal mais velho dançando entre as barraquinhas.
A feira de San Telmo é famosa pelas antiguidades, que quase sempre são bem caras, mas fora isso é bem parecida com a de Recoleta. Acabei comprando uma bolsa pra minha mãe.
Brasileiros na Argentina
Pouco mais de 1h é suficiente para você conhecer o local, principalmente se você já tiver ido em Recoleta, já que não terá grandes novidades para descobrir na feira em si.
La Boca
Andamos mais um pouco e pegamos um ônibus para ir ao famoso Caminito, em La Boca. Chegamos lá por volta das 13h e passamos por um dos lugares mais abandonados e poluídos de Buenos Aires, muito próximo ao porto. Muito legal presenciar este outro lado da cidade.
No meio do caminho havia mais uma feirinha e eu comprei uma caneca de chopp da Quilmes pro meu amigo Rafa, que por sinal a colocou de enfeite na sua mesa do trabalho.
Nossa primeira parada foi em uma loja do Boca Juniors, onde as meninas compraram vários presentinhos. Por falar nisso, eu também acabei comprando algumas coisas no bairro.
Confesso que Caminito foi um dos meus lugares favoritos em Buenos Aires. A parte restaurada de La Boca é muito bonita e charmosa. As casas de metal e madeira todas coloridas. O sol daquele domingo, que deixou marcas em mim haha, contribuiu ainda mais com o passeio e com as fotos que eu tirei.
Em La Boca ainda, nós passamos pelo estádio La Bombonera, do Boca Juniors, mas não quisemos pagar para entrar. Depois, almocei em um dos restaurantes tradicionais da rua. Paguei 24,50 (pesos) para comer milanesa, batata frita e refrigerante. Muito bom!
Um fato curioso. Enquanto andávamos pela rua, um argentino veio conversar com a gente e, é claro, quis falar de futebol. "Brasil! Brasil! Cortinthians! Aqui tem um bando de louco, louco por ti Corinthians! Ronaldo, Ronaldo". Muito engraçado.
El Ateneo
Por volta das 17h30 e ainda bem claro, pegamos um ônibus de volta e fomos para a Avenida Santa Fé. Descemos no começo dela e andamos bastante até encontrar a livraria El Ateneo. Domingo foi mesmo um dos meus dias favoritos na cidade. Esta livraria vale por tudo.
Ela é imensa, tem todos os livros, CDs e DVDs que você imaginar, mas isso não é nada perto de sua arquitetura. Antes de abrigar uma das maiores livrarias da América Latina, o lugar era um teatro e até hoje mantém as características de uma casa de espetáculos, tanto que o café do local fica no palco, com direito até mesmo a uma cortina. Muito bom!
Cheguei no hostel tarde, já que depois disso ainda passeio na Galeria Pacífico mais uma vez para comprar as últimas coisas no Havanna.
Último dia
Na segunda de manhã... Adivinhem onde eu fui quando acordei? Sim! No Carrefour hahaha. E dessa vez em três atrás da uma garrafa de Budweiser para o meu amigo, e eu nem experimentei a tal cerveja hahaha.
Precisava sair do hostel às 11h30 para ir ao aeroporto. Cheguei do Carrefour umas 10h, arrumei a cerveja e os alfajores e fui correndo para Florida. Precisava ainda passar na Zara e em outros lojas para comprar camisetas.
Deixei justamente para o último dia para ver o quanto de dinheiro ia sobrar. Só sei que acabei tendo que pedir com o meu ótimo espanhol para passar na frente das pessoas no caixa da Zara. "Yo tengo que volver a Brasil ahora". Tudo errado hahhaa, mas, mesmo com cara feia, deixaram eu passar na frente.
E em cima da hora eu cheguei no hostel, peguei o carro da Manoel Tienda, Leon, e fui para o aeroporto triste por ir embora e feliz por ter feito minha primeira viagem sozinho. Lembrando de cada momento em que passei lá, de todo o medo, as dicas, a ansiedade, os passeios, a tensão. No aeroporto ainda almocei no Mc Donalds e, é claro, comprei muito chocolate no free shop aqui do Brasil.
Voltei me sentindo diferente. Esses cinco dias foram muito importantes para mim. Eu me sinto muito mais confiante, seguro e, de certo modo, independente. Agradeço muito a todos que me apoiaram, e em especial, ao meu companheiro e irmão mais velho, Rafael. Eu enchi demais o saco dele e perguntei tudo, tudo, tudo.
Já não vejo a hora de viajar de novo. Sozinho ou bem acompanhado. Quero conhecer o mundo! Enquanto isso, ajudo o Rafa a pensar no mochilão dele pelo México e penso em qual será meu próximo destino.
Muito obrigado a todos pela companhia. E pensar que os 5 dias de viagem viraram quase 2 meses de post hahaha.
Acordei cedo e fui mais uma vez ao Carrefour, enquanto esperava os brasileiros acordarem para irmos juntos a San Telmo. Queria comprar mais Havanna, mas não tinha mais. Fiz uma pesquisa com as velhinhas argentinas para descobrir qual outro alfajor era bom e acabei levando um que se chama Negro.
Depois disso, cheguei ao hostel e encontrei os brasileiros, que haviam perdido a hora e o café da manhã. Fomos atrás de alguma padaria aberta para comer. Encontramos uma na Esmeralda, e acabei comendo miga, que é tradicional na Argentina, uma espécie de sanduíche com pão de forma bem fino com queijo e presunto, e uma coca-cola (11 pesos).
San Telmo
Pegamos um ônibus até San Telmo. Realmente, lá é sensacional. Principalmente pelo ambiente em si. Várias pessoas de diferentes tipos, muita música tradicional no meio da rua, dançarinos de tango. Tinha até um casal mais velho dançando entre as barraquinhas.
A feira de San Telmo é famosa pelas antiguidades, que quase sempre são bem caras, mas fora isso é bem parecida com a de Recoleta. Acabei comprando uma bolsa pra minha mãe.
Brasileiros na Argentina
Pouco mais de 1h é suficiente para você conhecer o local, principalmente se você já tiver ido em Recoleta, já que não terá grandes novidades para descobrir na feira em si.
La Boca
Andamos mais um pouco e pegamos um ônibus para ir ao famoso Caminito, em La Boca. Chegamos lá por volta das 13h e passamos por um dos lugares mais abandonados e poluídos de Buenos Aires, muito próximo ao porto. Muito legal presenciar este outro lado da cidade.
No meio do caminho havia mais uma feirinha e eu comprei uma caneca de chopp da Quilmes pro meu amigo Rafa, que por sinal a colocou de enfeite na sua mesa do trabalho.
Nossa primeira parada foi em uma loja do Boca Juniors, onde as meninas compraram vários presentinhos. Por falar nisso, eu também acabei comprando algumas coisas no bairro.
Confesso que Caminito foi um dos meus lugares favoritos em Buenos Aires. A parte restaurada de La Boca é muito bonita e charmosa. As casas de metal e madeira todas coloridas. O sol daquele domingo, que deixou marcas em mim haha, contribuiu ainda mais com o passeio e com as fotos que eu tirei.
Em La Boca ainda, nós passamos pelo estádio La Bombonera, do Boca Juniors, mas não quisemos pagar para entrar. Depois, almocei em um dos restaurantes tradicionais da rua. Paguei 24,50 (pesos) para comer milanesa, batata frita e refrigerante. Muito bom!
Um fato curioso. Enquanto andávamos pela rua, um argentino veio conversar com a gente e, é claro, quis falar de futebol. "Brasil! Brasil! Cortinthians! Aqui tem um bando de louco, louco por ti Corinthians! Ronaldo, Ronaldo". Muito engraçado.
El Ateneo
Por volta das 17h30 e ainda bem claro, pegamos um ônibus de volta e fomos para a Avenida Santa Fé. Descemos no começo dela e andamos bastante até encontrar a livraria El Ateneo. Domingo foi mesmo um dos meus dias favoritos na cidade. Esta livraria vale por tudo.
Ela é imensa, tem todos os livros, CDs e DVDs que você imaginar, mas isso não é nada perto de sua arquitetura. Antes de abrigar uma das maiores livrarias da América Latina, o lugar era um teatro e até hoje mantém as características de uma casa de espetáculos, tanto que o café do local fica no palco, com direito até mesmo a uma cortina. Muito bom!
Cheguei no hostel tarde, já que depois disso ainda passeio na Galeria Pacífico mais uma vez para comprar as últimas coisas no Havanna.
Último dia
Na segunda de manhã... Adivinhem onde eu fui quando acordei? Sim! No Carrefour hahaha. E dessa vez em três atrás da uma garrafa de Budweiser para o meu amigo, e eu nem experimentei a tal cerveja hahaha.
Precisava sair do hostel às 11h30 para ir ao aeroporto. Cheguei do Carrefour umas 10h, arrumei a cerveja e os alfajores e fui correndo para Florida. Precisava ainda passar na Zara e em outros lojas para comprar camisetas.
Deixei justamente para o último dia para ver o quanto de dinheiro ia sobrar. Só sei que acabei tendo que pedir com o meu ótimo espanhol para passar na frente das pessoas no caixa da Zara. "Yo tengo que volver a Brasil ahora". Tudo errado hahhaa, mas, mesmo com cara feia, deixaram eu passar na frente.
E em cima da hora eu cheguei no hostel, peguei o carro da Manoel Tienda, Leon, e fui para o aeroporto triste por ir embora e feliz por ter feito minha primeira viagem sozinho. Lembrando de cada momento em que passei lá, de todo o medo, as dicas, a ansiedade, os passeios, a tensão. No aeroporto ainda almocei no Mc Donalds e, é claro, comprei muito chocolate no free shop aqui do Brasil.
Voltei me sentindo diferente. Esses cinco dias foram muito importantes para mim. Eu me sinto muito mais confiante, seguro e, de certo modo, independente. Agradeço muito a todos que me apoiaram, e em especial, ao meu companheiro e irmão mais velho, Rafael. Eu enchi demais o saco dele e perguntei tudo, tudo, tudo.
Já não vejo a hora de viajar de novo. Sozinho ou bem acompanhado. Quero conhecer o mundo! Enquanto isso, ajudo o Rafa a pensar no mochilão dele pelo México e penso em qual será meu próximo destino.
Muito obrigado a todos pela companhia. E pensar que os 5 dias de viagem viraram quase 2 meses de post hahaha.
Hahaha adorei, ainda mais as citações a minha pessoa, claro! E queria ir neste Espaço Cervecero e também no Ateneu... agora quero voltar a Buenos Aires.
ResponderExcluirMas o mais importante de tudo foi o seu último parágrafo, que foi tudo aquilo que eu te disse antes da viagem. Um mochilão muda a pessoa, pra sempre! Parabéns pela coragem e vamos organizar a próxima! Seja pra uma cidade aqui do lado, seja pra China!
Abração
Nossa, faz o maior tempo que não passo aqui. Me desculpe!
ResponderExcluirAdorei seu relato de Buenos Aires. Muito bom mesmo!
Que venham muitas outras viagens.
Beijos!